Há anos os cientistas observam uma diminuição na extensão da cobertura de gelo das regiões polares da Terra, creditada por muitos ao aquecimento global. De fato, medições por satélites mostram que ela atingiu seu terceiro menor tamanho já registrado no Ártico nesta primavera no Hemisfério Norte. Até recentemente, porém, os pesquisadores não tinham como avaliar em grande escala as alterações na espessura do gelo que cobre o Ártico e a Antártica provocadas pelas mudanças climáticas.
Isso só mudou no ano passado, com o lançamento do satélite CryoSat-2, da Agência Espacial Europeia, que divulgou nesta terça-feira seu primeiro mapa detalhado da capa glacial no Oceano Ártico. Ele foi obtido entre janeiro e fevereiro deste ano, época em que a cobertura de gelo costuma atingir seu nível máximo na região.
- Em alguns anos, o vento pode empurrar o gelo para fora do caminho ou empilhá-lo e os dados da extensão da cobertura fazem com que pareça que ele tenha derretido todo - explicou à BBC Duncan Wingham, principal pesquisador da missão CryoSat e que apresentou seus primeiros resultados durante a Feira Internacional de Aviação e Espaço de Le Bourget, nos arredores de Paris. - Só quando você combina as informações da área de cobertura e da espessura do gelo que obtém seu produto, o volume. E é isso que é realmente necessário para responder a questão sobre o derretimento.
Fonte: globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário